- Psiiiiiu!!! Raony!
- Oi!
- Vem cá!
- Como vai amigo, beleza?
- Senta aqui e toma uma cervejinha com a gente. – Tá bom!
Esse foi o encontro para uma das conversas mais interessantes que já tive!
Certo dia vindo da faculdade, encontro um amigo em frente a um barzinho tomando uma cerveja com um amigo dele. Naturalmente a me ver e por sermos visinhos ele me convidou para acompanhá-los naquele happy Hour... Até então pura rotina!
Então como de costume e praxe, a conversa foi fluindo e os mais variados assuntos foram aparecendo e sendo amigavelmente discutidos. De repente um desses assuntos nos coloca em sentido retilíneo e inusitadamente nos une. Paternidade.
(Raony) – Eu não conheço meu pai
(Fabiano) – Não fale essa palavra perto de mim! Minha mãe não sabia sequer o nome dele... Minha mãe me abandonou! Fui criado por meus avós.
(João) – Não conheço um filho que tenho na Bahia.
Perceberam agora quando falei que esse assunto nos tocou e uniu? Éramos três, porém poderia dizer que éramos sete! (Se contássemos com nossos pais) Aquele momento surgiu do nada (Talvez não...) e nos colocou em um momento de profunda análise de nossas vidas até aquele momento sem a presença paterna. Eram três casos distintos, todavia o problema era o mesmo para ambos.
Muita gente já sabe de cor e salteado que não conheço meu pai, sabe também que não culpo problemas que já passei em minha vida por conta disso, pelo contrário, considero como um grande desafio em minha vida que estou vencendo. Já tive muita vontade de conhecê-lo, mas hoje me preocupo com outras questões que considero mais importantes, como minha mãe, por exemplo. Se tiver de encontrá-lo um dia o abraçarei, afinal de contas é meu pai (Não sei os motivos pelo qual nunca me procurou, por isso o isento de culpa) e será um prazer conhecê-lo.
O caso de Fabiano considero como o mais delicado, jamais conheceu seu pai, sua mãe o abandonou e até hoje não se dá muito bem com ela, enfrentou graves problemas sociais em virtude disso, realmente não é uma coisa fácil de se lidar...Teve seus avós como sua fortaleza, foram seus pais de verdade (Mesmo não sendo biológicos). Lembro do olhar de Fabiano nos relatando sua triste estória, era um olhar triste e emocionado.
A estória de João também era difícil e não menos importante, uma antiga namorada tinha ido embora esperando um filho dele. Já imaginou? A tristeza que sentia pelo simples fato de tocar no assunto já o derrubava! E seu filho? Será que pensa com eu? Acredito que sim! Minha maior vontade de conhecer meu pai foi durante minha infância e adolescência.
Naquele dia saímos daquele barzinho com um sentimento diferente do que jamais nos tocara, tristes, porém felizes! Como isso é possível? Triste por nossas estórias e felizes por termos nos encontrado e compartilhado nossas experiências injustas de vida. Nunca mais esquecerei aquele dia e imagino que meus amigos também não.
Tenho certeza que Fabiano mesmo me dizendo que não, ama seu pai e principalmente sua mãe, afinal são seus pais. João ama muito seu filho, mesmo sem conhecê-lo pessoalmente sabe que ele existe e é parte dele e a recíproca é verdadeira. E quanto a mim? Só tenho uma coisa a dizer, PAI, onde quer que o senhor esteja, seja qual for o motivo pelo qual nunca me procurou e apesar de todo esse tempo, TE AMO MUITO.
Raoni Borges (Te amo muito pai!)
- Oi!
- Vem cá!
- Como vai amigo, beleza?
- Senta aqui e toma uma cervejinha com a gente. – Tá bom!
Esse foi o encontro para uma das conversas mais interessantes que já tive!
Certo dia vindo da faculdade, encontro um amigo em frente a um barzinho tomando uma cerveja com um amigo dele. Naturalmente a me ver e por sermos visinhos ele me convidou para acompanhá-los naquele happy Hour... Até então pura rotina!
Então como de costume e praxe, a conversa foi fluindo e os mais variados assuntos foram aparecendo e sendo amigavelmente discutidos. De repente um desses assuntos nos coloca em sentido retilíneo e inusitadamente nos une. Paternidade.
(Raony) – Eu não conheço meu pai
(Fabiano) – Não fale essa palavra perto de mim! Minha mãe não sabia sequer o nome dele... Minha mãe me abandonou! Fui criado por meus avós.
(João) – Não conheço um filho que tenho na Bahia.
Perceberam agora quando falei que esse assunto nos tocou e uniu? Éramos três, porém poderia dizer que éramos sete! (Se contássemos com nossos pais) Aquele momento surgiu do nada (Talvez não...) e nos colocou em um momento de profunda análise de nossas vidas até aquele momento sem a presença paterna. Eram três casos distintos, todavia o problema era o mesmo para ambos.
Muita gente já sabe de cor e salteado que não conheço meu pai, sabe também que não culpo problemas que já passei em minha vida por conta disso, pelo contrário, considero como um grande desafio em minha vida que estou vencendo. Já tive muita vontade de conhecê-lo, mas hoje me preocupo com outras questões que considero mais importantes, como minha mãe, por exemplo. Se tiver de encontrá-lo um dia o abraçarei, afinal de contas é meu pai (Não sei os motivos pelo qual nunca me procurou, por isso o isento de culpa) e será um prazer conhecê-lo.
O caso de Fabiano considero como o mais delicado, jamais conheceu seu pai, sua mãe o abandonou e até hoje não se dá muito bem com ela, enfrentou graves problemas sociais em virtude disso, realmente não é uma coisa fácil de se lidar...Teve seus avós como sua fortaleza, foram seus pais de verdade (Mesmo não sendo biológicos). Lembro do olhar de Fabiano nos relatando sua triste estória, era um olhar triste e emocionado.
A estória de João também era difícil e não menos importante, uma antiga namorada tinha ido embora esperando um filho dele. Já imaginou? A tristeza que sentia pelo simples fato de tocar no assunto já o derrubava! E seu filho? Será que pensa com eu? Acredito que sim! Minha maior vontade de conhecer meu pai foi durante minha infância e adolescência.
Naquele dia saímos daquele barzinho com um sentimento diferente do que jamais nos tocara, tristes, porém felizes! Como isso é possível? Triste por nossas estórias e felizes por termos nos encontrado e compartilhado nossas experiências injustas de vida. Nunca mais esquecerei aquele dia e imagino que meus amigos também não.
Tenho certeza que Fabiano mesmo me dizendo que não, ama seu pai e principalmente sua mãe, afinal são seus pais. João ama muito seu filho, mesmo sem conhecê-lo pessoalmente sabe que ele existe e é parte dele e a recíproca é verdadeira. E quanto a mim? Só tenho uma coisa a dizer, PAI, onde quer que o senhor esteja, seja qual for o motivo pelo qual nunca me procurou e apesar de todo esse tempo, TE AMO MUITO.
Raoni Borges (Te amo muito pai!)
Olá amigo, seu texto,assim como outros que já foram postados aqui, me marcou muito, por que trata de um dilema da sociedade, de filhos sem pai ou pais...No caso, você que não conhece o seu pai...Isso é triste, eu fui criado por meus pais e recebí muito carinho d'eles... Amo-os muito, infelismente meu pai não estar mais aqui, porém ficou as boas lembranças dele.. A educação o caráter etc....
ResponderExcluirTenho certeza que quando seu pai souber o grande filho que você é, ele vai se aproximar de te sem precisar você procurálo...Se ele ainda não se apresentou, com certeza tá com vergonha de ter te deixado esperando por tanto tempo.....desculpe-me por um comentário tão longo...Acho que o assunto rende um longo papo, más aqui não é possível...Abraço e muito sucesso para te......JBMEDEIROS.
CARO RAONY,
ResponderExcluirQue BELA descrição de um MOMENTO que te marcou!!!
Eu sinto muito por você NÃO ter tido (ainda) a oportunidade de conhecer o seu PAI...
Tenho esperança que você alcance esse desejo!
Sobre a situação que você descreveu, vivo um exemplo:
Eu perdi o meu pai para um Aneurisma Cerebral, muito cedo!
Ele tinha 55 e eu 22 anos. Embora, não importe a idade... Pois "sempre" será muito cedo pra todo mundo!
Quando ele faleceu, me questionei:
O que dói mais: Perder o PAI ou nunca tê-lo conhecido?
Cheguei à conclusão de que é melhor ter a oportunidade de conhecê-lo, sim!
Independente de como ele seja, é sempre um ENSINAMENTO!
E por outro lado, ter o pai ausente, nos faz crescer por nossos próprios méritos! O que também é louvável!
É impossível saber o caso mais delicado, pois cada um tem as suas próprias necessidades.
Mas eu posso te dizer uma coisa com certeza, quanto a ausência da figura PATERNA:
De uma forma ou de outra, a gente nunca supera!
Só aprende a lidar melhor com esse sentimento!
O importante é seguir a VIDA da melhor forma possível! Fazendo o que é certo! Exatamente como você está agindo. "Aceitando isso tudo como um desafio que está vencendo." E assim, não se tornando vítima das circunstâncias. Mas dono do próprio destino!
Hoje aprendi algo muito importante contigo!
Te agradeço de coração!
Muita FORÇA e LUZ no seu CAMINHO (que é triunfante)!!!
FORTE ABRAÇO
Admiro sua sensibilidade!!!
ResponderExcluirDeus te abençoe sempre!!! Abraço
Ufaa!!! esse texto me tocou muito Raoni, como todos os q vc escreve, mais esse tem algo especial, sinto que vc escreveu com muito sentimento, vejo muita sinceridade em cada palavra(não que não veja nos outros textos) mais esse considero muito especial. Só quero q saiba que,em meus momentos de reflexões gosto muito de ler os seus textos, pois considero muito especial. Parabéns novamente!!!
ResponderExcluirLendo mais um texto seu.
ResponderExcluirQuanta sensibilidade em? suas palavras denotam verdade!
É interessante como a figura paterna e materna é muito importante no desenvolvimento saudável dos constituintes psicológico, biológico e social do ser humano.
No seu caso, a falta do seu pai e o enorme amor de sua mãe, que assumiu os dois papéis, e vários outros fatores, te fizeram o que vc é hoje. Uma pessoa especial!
Sem mais demora, fuiiiiii...
Tenho que fazer um trabalho aqui, que esta corroendo meus neurônios...
fica com DEUS!